quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Requerimento complica situação de Maranhão no Conselho de Ética do Senado

Deu zebra. Quer dizer, deu gado. O requerimento, de autoria do deputado Ricardo Barbosa (PSDB), foi aprovado pela unanimidade dos 22 parlamentares presentes à seção da Assembléia Legislativa, inclusive da oposição, desta terça-feira (06.11). E solicita que o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado Federal abra processo para investigar a vertiginosa evolução patrimonial de José Maranhão (PMDB) no período em que ele esteve à frente do Governo do Estado. So que, desde a semana passada, o Conselho de Ética do Senado já tem protocolada uma denúncia da Andar (Associação Nacional de Defesa da Administração e do Erário Públicos, do Meio Ambiente, do Consumidor e do Cidadão) sobre o mesmo tema.
A entidade nacional aponta irregularidades nas declarações de bens do senador paraibano e questiona as razões para o expressivo crescimento de seu patrimônio quando exercia o governo na Paraíba. Já a Assembléia Legislativa questiona pontos até hoje não esclarecidos pelo ex-governador e atual presidente da Comissão Mista do Orçamento do Congresso Nacional. Em 2006, foi registrada em sua declaração de Imposto de Renda a aquisição de 28.290 cabeças de gado. Quatro anos antes, não havia uma sequer. Além do mais, em 1998, o patrimônio declarado do senador era de R$ 1,8 milhão. Doze anos depois, chegou a R$ 23 milhões, com a inclusão do numeroso rebanho adquirido em apenas quatro anos.
De acordo ainda com Ricardo Barbosa, a situação se complica ainda mais por o senador não atribuir nenhum valor aos animais declarados e supostamente existentes.

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