
"O empresário Laert José Oliveira de Freitas disse que o presidente da Funasa (Fundação Nacional de Saúde), Danilo Forte, autorizou e acompanhou pagamentos à sua empresa julgados irregulares pela Controladoria Geral da União. Em relatório obtido pela Folha, a CGU já apontou prejuízo de cerca de R$ 1 milhão em um contrato de fevereiro de 2006, assinado sem licitação, com a Engesoftware Consultoria de Sistemas, a empresa de Freitas. O rombo, porém, pode ser maior porque a Engesoftware foi contratada mais duas vezes pela Funasa, também sem licitação, e recebeu de fevereiro de 2006 a agosto deste ano R$ 16,7 milhões (em valores brutos). A Engesoftware doou em 2006 R$ 100 mil à campanha do senador José Maranhão (PMDB), candidato ao governo da Paraíba e um dos caciques do partido com ingerência na Funasa. Foi a única doação da Engesoftware nas últimas três eleições. Maranhão indicou o coordenador regional da Funasa na Paraíba, Tião Gomes, que tomou posse em outubro.
"...O contrato manteve a contração de 90 funcionários [da Engesoftware]. Não houve aumento de pessoal, mas de qualidade [técnicos com salários maiores]. Por isso, houve o acréscimo de 25%", disse. Freitas nega que a doação de R$ 100 mil da Engesoftware para campanha do senador José Maranhão (PMDB-PB), em 2006, tenha ligação com os contratos da empresa com a Funasa. Via assessoria, o senador informou que não comentará nem a doação à sua campanha, nem a nomeação de seu aliado Tião Gomes, que não conseguiu se reeleger para Assembléia em 2006, para a coordenação da Funasa na Paraíba.
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