Agora enquanto o governador Cássio Cunha Lima (PSDB) toca o barco emfrente e anuncia, inclusive, a Folha de Pagamento do ano vindouro com a promessa de ser paga em cinco dias útéis, a partir do mês de junho, o senador José Maranhão (PMDB) patrocina uma perca de 500 milhões para o estado, por conta desta briga política nojenta que tomou conta da Paraíba. O que é um fato inédito na história do Estado, o que acontece na apresentação das emendas de bancada para o Orçamento da União de 2008. Tudo por conta de uma impasse entre governistas e oposicionistas no Congresso Federal.
“O impasse está acontecendo não temos como contornar”, desabafa o deputado Wellignton Roberto (PL), que coordena a apresentação de emendas da bancada federal do Estado. As emendas precisam ser apresentadas até às 18h de Brasília, neste momento são (17h28). Assinaram a lista os deputados Efraim Filho (DEM), Rômulo Gouveia (PSDB), Armando Abílio (PSDB), Walter Brito Neto (DEM), Wellington Roberto (PL) e Damião Feliciano (PDT), além dos senadores Cícero Lucena (PSDB) e Efraim Morais (DEM). “Um caso inédito, nunca aconteceu na história do orçamento por causa de uma briga como esta”, conta, atribuindo a picuinha o desentendimento.
O problema começou porque os senadores Cícero Lucena e Efraim Morais querem que as emendas para João Pessoa e Campina Grande tenham as obras geridas pelo Estado, enquanto os parlamentares da oposição não aceitam a imposição e preferem que as obras tenham gerência dos municípios. Sem as emendas de bancada – 18 ao todo, sendo 12 dos deputados e 6 dos senadores – o Estado passa a contar apenas com as emendas individuais. Tantos moídos assim, muito longe de tom professoral, só servem para chamar sempre a atenção das nossas lideranças: precisamos criar urgentemente as condições mínimas que permitam, à base da civilidade, a construção do esforço mínimo em favor do estado – e não só de cada uma das duas partes à quem estamos submetidos atualmente.
Ora, se o governador Cássio está convicto de que permanecerá no cargo após recurso no TSE e, da mesma forma, o senador José Maranhão até define dezembro (?) como data de sua posse – de onde subentende-se que, em sendo assim, as duas partes têm todo o interesse de investir em favor de toda a Paraíba e não só de partes. Infelizmente, não é esta a realidade. O governador Cássio como chefe do executivo em sua plenitude, mesmo a Oposição não querendo, registra em seu computo de projetos em busca de emendas cerca de 19 propostas, da mesma forma que o senador Maranhão aglutina em torno de si projeções para as prefeituras de sua base, mas como nenhuma das partes se senta com a outra para definir encaminhamentos comuns, resultado é cada um por si e Deus por todos. E a Paraíba é quem sai perdendo!
Nenhum comentário:
Postar um comentário