quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Governador Cássio Cunha Lima se diz vítima, não réu e desafia Roberto Cavalcanti

O governador Cássio Cunha Lima (PSDB), durante entrevista coletiva, não reduziu a marcha quando se referiu ao Sistema Correio de Comunicação. Disse que tem respeito pela pessoa do empresário Roberto Cavalcanti, mas tem que tratá-lo como "adversário político" e que suas empresas - rádios, jornal e televisão - não fazem jornalismo, mas politicagem para tentar dar um mandato de senador ao dono.
Durante a coletiva desta quinta, 18, o governador Cássio Cunha Lima (PSDB) afirmou que é vítima de uma ‘armação’ planejada pelo Sistema Correio de Comunicação. “Nesse processo eu sou vítima, não réu”, garante. Durante a entrevista o governador ainda desafiou o dono do Correio, Roberto Cavalcante, para disputar com ele as eleições de 2010. Após saber, por um correligionário, que uma das rádios do Correio estava divulgando que ele tinha chorado na coletiva Cássio disse: “o Correio tem rádio, tv e jornal e passa desde as seis horas da manhã até sair do ar” manipulando informações contra sua pessoa.
O governador deu como exemplo a notícia, inverídica, de que ele estava chorando na coletiva. “Assim aconteceu quando as rádios anunciaram que a FAC estava distribuindo cheques. Milhares correram às portas da FAC, depois o Correio foi com a TV ‘flagrar’ a entrega de cheques”, conta, alegando que tudo foi armado. O governador lembrou ainda que era uma ‘garapa’ muito grande o que Roberto Cavalcante queria, assumir o Senado sem ter recebido um voto sequer e o desafiou a disputar com ele a próxima eleição, provavelmente para o Senado.
Questionado se vinha sentido algum tipo de dificuldade, após a cassação do mandato, quando ia a Brasília angariar verbas e investimentos para o Estado, Cássio insinuou que o senador José Maranhão (PMDB) pode sim trabalhar pelos bastidores para dificultar bons resultados para o Estado. “Como já foi noticiado pela imprensa, o senador já tentou impedir a vinda de ministros ao Estado, é bem possível que também faça o mesmo (no tocante a investimentos) noutros momentos”, lamenta. O governador argumenta que as eleições, tanto a de 2006 quanto a de 2002, foram a mesma, com ele (Cássio) ganhando inclusive com os mesmos percentuais. “Tanto em 2002 quanto em 2006 eu ganhei com 51,3% dos votos, contra cerca de 48% de Roberto Paulino (2002) e de José Maranhão (2006). É a mesma eleição de um Estado dividido”, ensina.

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