quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Governador Cássio Cunha Lima afirma que TRE endossou erro jurídico ao julgar embargo

O governador Cássio Cunha Lima (PSDB) afirmou que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) admitiu erro jurídico ao julgar embargo e alterar a data em que foi realizada a Ciranda de Serviços, mas precisa rever a cassação do seu mandato. Cássio voltou a atacar o Sistema Correio de Comunicação e o suplente de senador Roberto Cavalcante, no entender do chefe do Executivo, o Correio influenciou na decisão do TRE.
Numa entrevista coletiva de mais de uma hora, nesta quinta, 18, no Fecomércio, em João Pessoa, o governador mencionou a recente viagem para os Estados Unidos afirmando que tem envidado esforços para manter o Estado como pólo atrativo de investimentos. Noutro momento, Cássio usou um Data Show mostrando cópias de documentos e, passo a passo, tentou argumentar como a decisão de cassação do seu mandato pelo TRE foi equivocada.
Referindo-se aos embargos declaratórios onde o TRE reconsiderou a data de quando terminou a Ciranda de Serviços, antes de sua inscrição como candidato, o governador afirmou: “Eu quero lembrar que durante todo o recente período, com o absoluto respeito que tenho a Corte do nosso Estado, nós estávamos diante não apenas de uma injustiça, mas diante deste que será reconhecido pela história como o mais grave erro judiciário da história da Paraíba”, entende. Segundo o governador, a Justiça é uma instituição formada por homens e ao homens não é defeso a possibilidade do erro, mas “lamentavelmente, a decisão dos embargos, me deram razão. O TRE reconheceu esse erro, mas não corrigiu o engano ao manter a sentença que me levou a punição máxima, diante de um fato que, repito, simplesmente não aconteceu”, argumenta.
Cássio voltou também a centrar fogo contra Roberto Cavalcante, lembrando que o mesmo é principal interessado em sua cassação, e que com uma campanha sistemática utilizando seus meios de comunicação tem tentando incutir na opinião pública que o processo eleitoral foi irregular. O governador acredita que o suplente de senador conseguiu o intento, pelo menos com o corregedor Carlos Eduardo Lisboa, relator do processo que resultou em sua cassação e mostrou que termos utilizados pelo corregedor também eram usados nas manchetes do Correio. Além disso, Cássio fez questão de deixar claro que seus advogados, Delosmar Mendonça, Luciano Pires e Fábio Andrade, nunca perderam prazos dos recursos no TRE, como, disse, quis fazer crer o Correio. “A decisão do TRE atesta isso”, entende.

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